O design de interiores vive um momento de reaproximação com a terra — literalmente. Em meio a um cenário de incertezas, cores quentes e acolhedoras voltam a dominar as paletas contemporâneas, e entre elas, o Russet se destaca como símbolo de elegância orgânica. Essa tonalidade terrosa, um marrom avermelhado de fundo âmbar, é a tradução perfeita do novo luxo: discreto, sofisticado e profundamente humano.
O Russet tem raízes que remetem aos pigmentos naturais usados desde as primeiras civilizações, e talvez por isso desperte sensações de ancestralidade e permanência. É uma cor que não se impõe pelo brilho, mas pelo calor que transmite — um calor visual, emocional e tátil. No mobiliário, aparece em tecidos como veludo e suede, em couros naturais e na madeira tingida de tons acobreados.
Em paredes, o Russet cria atmosferas de introspecção; em detalhes decorativos, ele funciona como elo entre o rústico e o sofisticado.
A Pantone o destaca como uma das cores que guiarão o design dos próximos anos — uma resposta emocional ao excesso de artificialidade. O público de alto padrão busca hoje autenticidade e conforto, e o Russet entrega exatamente isso: a beleza do que é imperfeito, a sutileza do que é real.
Combinado a beges, cinzas e verdes secos, o resultado é natural e contemporâneo. Já quando usado com dourado escovado ou preto fosco, revela um lado mais cosmopolita e urbano.
Mais do que uma tendência, o Russet é uma filosofia cromática: ele nos convida a desacelerar, a olhar para dentro, a criar ambientes que abraçam. É a cor do lar sofisticado, mas vivido — aquele que revela histórias e experiências, e não apenas objetos.
Na INUSUAL, o Russet traduz o espírito da curadoria: elegância despretensiosa, calor sofisticado e um toque de alma em cada composição. Porque cor também é emoção.
Fotos: Acervo Inusual | Pinterest
